terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

VALE DOS VINHEDOS - reportagem do JOE

   Estive semana passada em Caxias do Sul e Bento Goncalves. O clima mais fresco e as vinículas da região me permitiram esquecer um pouco deste calor e da falta de água.
   Fui conhecer a Boscatto em Nova Pádua (perto de Caxias) e rever todo o vale dos vinhedos onde eu não ia faz muito tempo. Existem boas opções de hospedagem na região. A Valduga inclusive criou uma pousada que, dependendo da ocasião, inclui no pacote a colheita da uva e outras atividades relativas à fabricação do vinho. Eles tem também um bom restaurante e foram criadas outras opções gastronomicas dentro do vale.  Não dá vontade de sair de lá.

   Em Bento Gonçalves, o vale dos Vinhedos é obrigatório. Se não der prá visitar todas (nunca dá...) recomendo Don Laurindo (que tem o requinte de ter pequenas parreiras com as diversas uvas que utiliza só pra a gente ter o prazer de degustar no pé), Casa Valduga, Cave de Pedra (mais por causa das instalações), Marco Luiggi e, claro, Dom Candido, onde a simpatia das vendedoras torna impossível não comprar ao menos uma garrafa. Num dos dias que estivemos lá almoçamos no Restaurante Mamma Gema. Requintado...e caro! O restaurante Maria Valduga (dentro das instalações da Casa Valduga) nos pareceu uma opção melhor.
   Pode ser impressão minha mas os vinhos estão cada vez melhores. Além dos vinhos de sempre mais conhecidos (merlot, caberbet...), pude provar alguns varietais novos (ou pouco produzidos) que valeram a pena. Alguns produtores estão fazendo vinhos com Touriga Nacional mas a grande novidade (ao menos prá mim) são os vinhos feitos com Barbera, Arinarnoa e Marselan que eu ainda não tinha provado.    Don Laurindo, Dom Candido e Marco Luigi continuam com um pessoal simpático no atendimento. Fui bem atendido na Boscatto também, tanto na loja de Caxias como na vinícola em Nova Pádua.   Vai um destaque para as vinículas mais novas como Almaúnica e Angheben mas que ainda carecem  melhorar o atendimento. Destaque negativo vai para a Cave de Pedra que virou mais uma butique do que uma vinícula. O atendimento despojado de antes não existe mais, além do fato de que pararam de fazer os varietais mais interessantes que eles tinham como o Ancellota e incluiram um assemblage de alto custo que já tinham me alertado que não valia o preço. A Valduga também sofisticou um pouco seu atendimento mas ainda vá la... ao menos continuam com novidades (como o Arinarnoa). 
   A maioria das vinículas estão cobrando pela degustação (entre 10 e 20 reais). Pode parecer antipático mas não é pois agindo assim eles podem incluir melhores vinhos na degustação, além do fato de que se você comprar algum vinho, esse valor  é abatido. Algumas cobram também pela visita às instalações (esse não é reembolsável) mas praticamente todas usam o mesmo sistema de fabricação então se você viu uma, viu todas. 
  Na Marco Luiggi iria acontecer um casamento (coisa comum atualmente nas vinícolas da região que alugam seu espaço para esse fim) e parte da decoração era com cachos de uvas in natura (é época da colheita por lá). Nem precisei "chorar" muito para conseguir alguns cachos de merlot que estavam puro mel. Aliás, ir nas plantações de uva de mesa e escolher cachos no pé é comum por lá, a um custo de 3 a 4 vezes mais barato do que a gente encontra nos supermercados daqui. 
   O único problema ainda é o preço dos bons vinhos. Por conta de impostos que os produtores brasileiros pagam (que os chilenos, por exemplo, não pagam) a conta fica mais salgada do que ir no Pão de Açúcar abastecer a adega. Porém o prazer de estar ali na fonte do produto é muito maior.
   Ir a Bento Gonçalves pode não ter o mesmo glamour que visitar vinhedos europeus mas  acho que  não fica a dever às regiões do vinho da Argentina ou mesmo do Chile.

- Em Caxias do Sul vale a pena visitar o Chateau Lacave (um castelo ao estilo medieval). A vinícola não está mais lá mas o castelo foi preservado e é muito bacana. A visita é paga (inclui degustação) mas realmente vale a pena. Eles tem um bom restaurante lá.
 
- Próximo a Caxias fica a cidade de Nova Padua, onde fica a Vinícola Boscato. Nova Pádua é pequena mas bem estruturada para turismo. Você pode pegar um mapinha e visitar alguns lugares bacanas na região. Alguns acessos são por terra, outros asfaltados. Um desses lugares que se chega por via asfaltada é o Belvedere Sonda. Tem uma pequena lanchonete e loja de souvenirs mas a vista de um trecho do vale do rio das Antas é o que vale a pena. Infelizmente quando chegamos lá  estava começando a chover então as fotos ficaram prejudicadas. Com uma diferença de não mais que um minuto, uma névoa foi cobrindo o vale (ver as fotos 1 e 2). 
 
- Saindo de Bento Gonçalves, fomos para Veranópolis para conhecer o restaurante giratório Mascaron no Mirante da Serra. Fomos surpreendidos pelo fato de estarem em férias coletivas. Fico imaginando quem teve a brilhante idéia de dar férias coletivas em época de turismo ainda em alta. Poderiam fazer isso em abril ou maio. Mas enfim...a viagem não foi perdida. Passamos pela ponte de arcos Ernesto Dorneles sobre o rio das Antas e, próximo a Veranópolis, no alto da Serra, pudemos parar no Belvedere Espigão e admirar a vista dali de cima, inclusive se vê parte das instalações da Usina hidrelétrica de Monte Claro. 

 
 
 

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

LONDRES - ao meu amigo que está por aí no frio....

LONDRES em 8 pernoites - de 28-02 a 08-03-2014

Viajar é maravilhoso ! mas tem lá seus percalços, como sair de São Paulo às vésperas de

carnaval e enfrentar fila de 15 aeronaves na pista prontas a decolar. Alguns passageiros se

impacientavam inutilmente até que... lá fomos nós no vôo da TAM para o Rio e de lá para

Londres (mais econômico).

1º Dia) Chegamos na Inglaterra próximo da hora britânica do chá da tarde, e pra não fazer

desfeita, nós o degustamos ali mesmo no aeroporto. Depois batizamos o metrô, eficientíssimo

meio de se transportar em Londres, por gente de todas nacionalidades (um quarto da

população são imigrantes). Pela janela do trem (que é aéreo na maior parte), avistei as

casinhas de 3 ou 4 andares, todas iguais com chaminés, de tijolos aparentes e telhados cinza

escuro e, como nos filmes, com a garoa intermitente e acinzentada de fim de inverno... me

emocionei!

Hospedamo-nos no Ibis da Lillie Road, 47 – estação West Kasington da linha District (verde

escura), um bom custo-benefício.

Enfrentamos a chuva de Londres, que não molha sua calça mas é necessário um bom casaco e

sapato impermeáveis.

Nosso primeiro passeio foi noturno, pela margem do Rio Tâmisa até a Tower Bridge e a Bridge

of London, maravilhosa com sua iluminação azul, até embaixo de chuva!

O jantar foi o mais tradicional da cozinha inglesa, o ‘fish and chips’ acompanhado de 500 ml de

cerveja tiradas como chopp, num pub. Nesse local, os ingleses se soltam, sorriem, brincam

sem jamais perder a elegância.

2ºdia) 01-03-2014 – Visita a coleção particular de Leighton House de manhã e à tarde visita

guiada e muito interessante ao Congress, ao lado do Big Ben. Depois percorremos os 4

andares do Tate Modern, fecha 22 h e é free. Meus preferidos foram os Picassos, Calder e um

Monet enorme.

Encerramos num pub George, funciona alí desde a idade média.. Gostei da cerveja holandesa

Amstel, da irlandesa Guiness , mais fortes que a inglesa, que é mais frutada.

3º Dia) Alugamos um carro previamente (mais barato que a excursão por se tratar de 4

pessoas) Encaramos a direção do lado direito (previne Alzeimer) e seguimos para conhecer as

cidades de STONEHEAGE e BATH, com a ajuda do GPS claro!

- Stoneheage é um sítio arqueológico de 5 mil anos atrás (3.000 aC), época dos celtas, com

formação de enormes pedras em círculo, de objetivo ainda especulado. Pode ter sido feita por

Druidas. Sabe-se que a disposição permite a entrada do sol no solstício de verão, alinhando-se

no centro. Mas nesse dia, não havia sol, havia chuva e muito vento e frio, o que prejudicou o

passeio. Entrada 15 libras por pessoa.

-Bath – Há termas romanas, bem preservada, com água a 91º., bem no centro da pequena

cidade.

4ºdia ) 3-3-2014 - Visita ao TATE BRITAIN- Vimos Turner (impressionante precursor do

impressionismo, pinta principalmente o mar) , Henry Moore, Francis Bacon, William Blake,

Lucien Freud...

Almoço ali perto, no pub Morpeth Arms, bom hamburguer vegetariano com queijo, cogumelo

e pimentão. O hamburguer de carne feito na brasa, fica meio ressecado.

- Visita a HOUSE WALLACE COLLECTION -Obras renascentistas, gostei do Reembrant e anel

inspirado na Idade Média que comprei na lojinha do museu.

- OXFORD STREET , VISITA ao Hyde Park, passeio no tradicional ônibus de 2 andares, compra

na Farmacy e Lacoste (com 70% de desconto)

- Café e lanche na rede PRET A MANGER – prático, produtos orgânicos e frescos, acessível e

gostoso.

- 20h - Espetáculo STOMP – no Ambassadors Theatre – ingressos comprados no mesmo dia

têm desconto, compramos na hora do almoço na bilheteria por 26 pounds cada. Passou pelo

crivo - divertido, interativo, e criativo.

4º Dia) NOTHING HILL –Algum lugar chamado...achei lindo, bairro bem simpático e lojinhas

também. Aconteceu-nos um fato engraçado que paramos na rua para ver o mapa da região e

de repente apareceu um cara de chapéu, sorridente de informações turística perguntando o

que desejávamos...esses ingleses são eficientes mesmo!

- Coleção de SIR JOHN SOURNE - OBRAS romanas e o sarcófago de mármore trabalhado com

inscrições egípcias é impressionante e fez Sir John dar 3 dias de festa, quando o adquiriu.

- MERCADO CONVENT GARDEN – Restaurantes, lojas e artesanatos.

- MIDDLE TEMPLE HALL -escola de direito com salão medieval, teto de madeira. Só funciona

para visitação das 15 às 16h. Lembra salão de refeições do filme Harry Potter.

- TEMPLE CHURCH – Entrada de Adulto 4 libras

- COURTAULD GALLERY – Maravilhosos quadros impressionistas do Degard, Cezane, Monet,

Manet, Van Goght, Picasso, Gaugin, Matisse, Dufy, Kandinsk...Fica numa praça enorme com

vários artistas de rua que fazem a festa dos turistas.

- SAINT PAUL’S CATHEDRAL –é a mais alta da Europa, depois da S.Pedro, Na missa anglicana

das 17 h , entrada é franca e há um coral de crianças.

- Pub YE OLD CHESIRE CHEESE – desde 1667, perto da Catedral, fica num beco, com salas

subterrâneas, bem medieval

5ºdia) MUSEU RAINHA VITÓRIA E ALBERT – adorei parte Indiana, a de porcelanas, de moda,

obras de Raphael, réplica enorme de Coluna Trajana e a lojinha com muita variedade!

Almoço foi próximo dali no libanês e honesto restaurante COMPTOIR.

- Museu NATIONAL History – Gostei da exposição de fotos de animais e salão só de gemas.

6º dia) – ABADIA DE WESTMINSTER e PALÁCIO DE BUCKINHAM com a tradicional troca de

guarda que acontece às 11,30h nos dias pares.

- NATIONAL GALERY – adorei os dois ‘Sun Flowers” do Van Gogh que estavam

temporáriamente juntos, e os Monet, Seurat, Reembrandt, El Greco, Velasquez...

-Igreja de Sant Martin – Assistimos concerto de Vivaldi e Mozart ao violino com orquestra

jovem e de moças bonitas

7ºdia) – BRITISH MUSEUM - É de história com objetos de todo o mundo, subtratido pelos

colonizadores. Enorme.

BOROUGH MARKET – desde 1850 – comidas, doces e suprimentos aos gourmets. O pessoal,

como nós, compra sandwichs e comidas internacionais e vai lagartear nos jardins da Catedral

de Southwark alí perto. O nosso hamburguer foi de carneiro, num árabe.

CANDEN – Lugar maluco, exótico, diferente – roupas, tatuagens, pessoas de todas tribos.

8ºdia) E Último dia – GREENWITH – onde passa o meridiano e marco zero, tem um belo parque,

a House da Rainha, o Museu Maritmo com exposição das obras do “ Turner & The Sea.”

Obs. Ser turista em Londres é bem tranquilo, não há punguistas ou golpistas, tudo funciona

britânicamente, inclusive o metrô, boa cerveja mas péssima comida, e excelentes museus. Se

quiser trazer uma bike, preço compensa.