quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

ITÁLIA EM 12 DIAS - POR Zé Ricardo



Este é um roteiro para 12 dias na Itália elaborado pelo meu amigo Zé Ricardo

Roma, Toscana, Firenze, Veneza, Milão.



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Voo – A melhor opção é voar Guarulhos/Roma e voltar por Milão/Guarulhos. Os voos normalmente saem à noite, chegando durante o dia em Roma.
Horários – O melhor é tomar café da manhã cedinho e sair pra rua lá pelas 9h. Você está gastando uma puta grana e ficar curtindo quarto de hotel é perda de tempo e dinheiro.
Hotéis – Costumo reservar pela www.booking.com ou www.decolar.com. Uma boa dica é entrar via www.tripadvisor.com.br, que cota os hotéis mais baratos. Mas é melhor verificar a qualidade. O site do booking.com tem avaliação dos próprios hóspedes. Vale a pena ver a nota e os comentários – se a nota for menor que 7,5, desconfie, porque normalmente o hotel não é grande coisa.
Restaurantes – Uma boa dica é entrar no site do tripadvisor antes de sair do hotel e procurar restaurantes perto de onde você vai estar na hora do almoço. É bom sempre ler a avaliação dos viajantes – se a avaliação for ruim, não vá, pois normalmente a comida é ruim, mesmo.
Aluguel de carro - A melhor maneira de alugar é pela www.rentalcars.com. Esta empresa é a decolar.com das locadoras. É um site de busca e aluguel, onde você acha ofertas e carros mais baratos. As locadoras são as mesmas que tem por aqui (Hertz, Europcar, etc.). É possível alugar um carro para 4, 5, 6, 8 pessoas - tem veículos de vários tamanhos, e o site mostra a categoria dos carros. O aluguel normalmente é mais barato que no Brasil. Alugue um carro para retirar em uma loja no Centro de Roma e para entregar no Aeroporto de Malpenza, em Milão.
Pontos de atenção. Alugue um carro com GPS, este equipamento é essencial. Na Itália não tem frentista, você abastece e paga com cartão de crédito, mas é fácil. Não esqueça de tirar a Autorização Internacional para Dirigir, que dá pra fazer pelo site do Detran. As estradas da Itália são boas e bem sinalizadas. A maior dificuldade que você encontrará vai ser na saída de Roma, mas com GPS tudo fica mais fácil.
Comunicação, língua - Na Itália é fácil de se comunicar. Todo mundo fala inglês nos hotéis e pontos turísticos. Quem arranha meia dúzia de palavras em inglês se comunica fácil. Para quem tem ascendência italiana, não é difícil entender o que os italianos falam, quando falam devagar. Os italianos normalmente são meio grossos, mas não se assuste, eles são assim mesmo mas são atenciosos.

Roma
É bom reservar quatro dias.
Reserve um hotel perto do Centro, que dá pra fazer grande parte dos passeios a pé.
Compre antecipadamente pela internet para o Coliseu e para o Museu do Vaticano e você pode economizar um tempo precioso. Troque o ingresso na portaria do monumento. Conforme o dia, as filas para compra de ingresso lá são enormes.
Roma tem fontes de água potável espalhadas pelo Centro. Leve sua garrafinha e beba água da bica.
Dia 1 – No dia da chegada, faça um tour a pé pelo Centro: Fontana di Trevi, Piazza di Spagna, admire os sobrados renascentistas. Visite o Panteon, a construção da Roma Antiga mais preservada que existe no mundo (se não der, volte outro dia para ver, pois é um dos imperdíveis de Roma). Tome um sorvete, os italianos estão entre os melhores.

Dia 2 – Dia de andar a pé. Coliseu, bem cedinho, depois a pé, na sequência, o Arco de Constantino do lado do Coliseu, o Palatino onde se encontra o Palácio de Augusto (tem uma sala com pinturas e afrescos da época da Roma Antiga), as ruínas do Foro Romano. Depois vá conhecer o Campidoglio, praça e prédio renascentistas construídos por Michelangelo. De lá passe em frente ao Monumento a Vitório Emanuele (século XX) e termine na Piazza Navona. É tempo de almoçar no ótimo Cul de Sac, que fica numa ruazinha próxima. Volte para a Piazza Navona, admire a fonte de Gianlorenzo Bernini e entre na lindíssima Igreja de Santa Agnese, de Borromini, concorrente de Bernini. Tome mais um sorvete e, se tiver disposição, termine o dia batendo perna pelas ruas do Centro.

Dia 3 – Vá de metrô até o Museu do Vaticano, com sua impressionante coleção de arte antiga e renascentista. O passeio pelas salas e labirintos termina da Capela Sistina, uma visão que você contará para os netinhos pelo resto da vida. Coma alguma coisa e vá para a Basílica de São Pedro e, se der sorte, pode ver o Papa acenando para os fiéis de sua janela. Volte de metrô ou ônibus para o Centro. Procure um dos restaurantes Carbonara (há mais de um), de ótimas massas.

Dia 4 – Vá de metrô ou ônibus até as ruínas das Termas de Caracala, com fragmentos de ladrilhos romanos. De lá, se quiser, vá de ônibus até o início da Via Apia, a estrada que ligava Roma ao Sul do Império. Alugue uma bike e vá visitar as catacumbas onde os primeiros cristãos se escondiam da perseguição dos imperadores. De ônibus, vá visitar a Igreja de San Giovani in Laterano, que fica fora dos muros da antiga Roma, um dos mais belos monumentos de Roma (para mim, mais bonita que a Basílica da São Pedro). De lá, volte de metrô para o Centro.
Se não quiser ir à Via Apia e catacumbas, a alternativa é conhecer o Castelo de Sant’Angelo, atravessar a ponte e conhecer a Ara Pacis, altar dedicado à deusa Pax e fica perto do Castelo.
 
Toscana
Dia 5 – Retire o carro bem cedinho, carregue as malas e pegue o caminho da Toscana, pela Autoestrada rumo Norte. O primeiro destino pode ser Pienza, uma cidadezinha que fica no alto do morro, com uma linda vista das vizinhanças. É fora da autoestrada. Almoce lá e, de lá, vá por uma estradinha ladeada dos famosos ciprestes até Montalcino, onde se produz (e compra) um dos mais famosos e melhores vinhos da Itália. Curta um pouco Montalcino e, na saída, vá até a Abadia de Sant’Antimo, por onde passou Carlos Magno, lindíssima, que fica a poucos quilômetros da cidade. De lá vá para Siena, no hotel reservado para duas noites (atenção, os hotéis em Siena são fora da cidade – não entre de carro no Centro Histórico, pois, além de proibido, é impossível sair sem a ajuda de um morador).


Dia 6 – Reserva o dia para Siena, talvez a mais bonita cidade da Toscana. Bata muita perna pelas ruazinhas do centro histórico e não deixe de visitar alguns lugares essenciais: a lindíssima Catedral de Siena (do lado da catedral tem um lugar em que você sobe e tem uma vista panorâmica da cidade), a Piazza de Campo onde fica o Palazzo Comunale, a Basílica de San Domenico. Estes são os pontos turísticos essenciais.

Dia 7 - Acorde cedo, bote as malas no carro e vá curtir a Toscana, terminando o dia em Firenze. Passe por uma minúscula vila medieval fortificada, Monteriggione, de lá vá para San Gemigniani (tão bonita quanto Siena, mas menor) e de lá até Piza, conhecer a torre inclinada. Não deixe de subir na torre, uma experiência inigualável. De lá, vá direto para Firenze, com hotel já reservado perto do Centro Histórico. O melhor é reservar duas noites em Firenze.

Dia 8 – Vá conhecer Firenze a pé. Em um dia dá pra conhecer os pontos essenciais, que ficam todos perto. O Duomo (Catedral de Santa Maria Del Fiori) é lindo, mas não deixe de ver também o Batistério, que fica em frente a Catedral e é tão ou mais bonito que o Duomo. De lá vá para a Piazza Della Signoria, onde há várias esculturas importantes (inclusive o David de Michelangelo, que é uma réplica e o original está dentro do Palazzo Vecchio, ali perto). Vale muito a pena visitar a Galleria Degli Uffizi, ali perto, a maior coleção de arte renascentista do mundo (Giotto, Fra Angelico, Boticceli, o Nascimento de Vênus), mas é recomendável comprar ingresso antes, pela internet. De lá, veja a Ponte Vecchio, sobre o Rio Arno, a famosa ponte que tem as lojinhas em cima. Para terminar o dia, suba a pé a Piazzale Michelangelo e contemple Firenze do alto, de preferência vendo o por do sol.
 
Veneza
Dia 9 – Saia de Firenze de manhãzinha, depois do café da manhã. Dá pra chegar em Veneza até a hora do almoço. Reserve hotel em Mestre, que fica fora de Veneza. De lá, é muito fácil ir a Veneza de ônibus urbano. O terminal do ônibus fica perto do terminal do Vaporetto, o serviço de barco. Tome o barco até a Piazza de San Marco e vá contemplando os sobrados de Veneza. Na Piazza de San Marco, é essencial visitar a Catedral de San Marco, o Palazzo Ducale e subir na torre que fica no meio da praça. Mas não vai dar pra fazer isso num só dia. Deixe uma parte para o dia seguinte. Dá pra voltar a pé até o terminal de ônibus. É a melhor maneira, pois assim você vai contemplando as pontes e construções da cidade.

Dia 10 – Volte a Veneza pelo Vaporetto e continue a andar pela cidade. É fundamental também ir até a ponte do Rialto e as mulheres gostam de passar nas lojinhas de cristal de Murano. É imperdível visitar o Museu Guggenheim, que fica na casa da falecida Peggy Guggenheim, de frente para um dos canais da cidade. A cidade tem muitas igrejas e edifícios históricos e você pode achar concertos de música renascentista dentro de igrejas. Santa Maria Glorioza é a igreja mais importante. Não caia no conto da Gondola - normalmente eles põem um mocinho para vender o passeio e um velho gordo para conduzir a Gondola. 

Dia 11 – Se quiser ficar mais um pouco em Veneza, fique e saia depois do almoço para Milão. Reserve o hotel em Milão, uma noite.

Dia 12 – Em Milão, a visita essencial é no Duomo, a catedral da cidade, gótica. Não deixe de subir no telhado – de lá tem uma bela visão 360º da cidade e se pode apreciar melhor a arquitetura gótica da igreja. Atenção mulheres: não se pode entrar na igreja com os ombros à mostra nem decote. Vá de carro até o Aeroporto de Malpenza (a cidade tem dois), que fica a mais de uma hora do Centro, e de onde saem os voos para o Brasil. Normalmente, os voos saem à noite.