Este é um roteiro para 12 dias na Itália elaborado pelo meu amigo Zé Ricardo
Roma, Toscana, Firenze, Veneza, Milão.
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Voo – A melhor
opção é voar Guarulhos/Roma e voltar por Milão/Guarulhos. Os voos normalmente
saem à noite, chegando durante o dia em Roma.
Horários – O
melhor é tomar café da manhã cedinho e sair pra rua lá pelas 9h. Você está
gastando uma puta grana e ficar curtindo quarto de hotel é perda de tempo e
dinheiro.
Hotéis – Costumo
reservar pela www.booking.com ou www.decolar.com. Uma boa dica é entrar via www.tripadvisor.com.br, que cota os
hotéis mais baratos. Mas é melhor verificar a qualidade. O site do booking.com
tem avaliação dos próprios hóspedes. Vale a pena ver a nota e os comentários –
se a nota for menor que 7,5, desconfie, porque normalmente o hotel não é grande
coisa.
Restaurantes –
Uma boa dica é entrar no site do tripadvisor antes de sair do hotel e procurar
restaurantes perto de onde você vai estar na hora do almoço. É bom sempre ler a
avaliação dos viajantes – se a avaliação for ruim, não vá, pois normalmente a
comida é ruim, mesmo.
Aluguel de carro - A melhor maneira de alugar é pela www.rentalcars.com. Esta empresa é a decolar.com
das locadoras. É um site de busca e aluguel, onde você acha ofertas e
carros mais baratos. As locadoras são as mesmas que tem por aqui (Hertz,
Europcar, etc.). É possível alugar um carro para 4, 5, 6, 8 pessoas -
tem veículos de vários tamanhos, e o site mostra a categoria dos carros.
O aluguel normalmente é mais barato que no Brasil. Alugue um carro para
retirar em uma loja no Centro de Roma e para entregar no Aeroporto de
Malpenza, em Milão.
Pontos de atenção. Alugue um carro com GPS, este equipamento é essencial. Na Itália não tem frentista, você abastece e paga com cartão de crédito, mas é fácil. Não esqueça de tirar a Autorização Internacional para Dirigir, que
dá pra fazer pelo site do Detran. As estradas da Itália são boas e bem
sinalizadas. A maior dificuldade que você encontrará vai ser na saída de
Roma, mas com GPS tudo fica mais fácil.
Comunicação, língua
- Na Itália é fácil de se comunicar. Todo mundo fala inglês nos hotéis e
pontos turísticos. Quem arranha meia dúzia de palavras em inglês se
comunica fácil. Para quem tem ascendência italiana, não é difícil
entender o que os italianos falam, quando falam devagar. Os italianos
normalmente são meio grossos, mas não se assuste, eles são assim mesmo
mas são atenciosos.
Roma
É bom
reservar quatro dias.
Reserve um
hotel perto do Centro, que dá pra fazer grande parte dos passeios a pé.
Compre
antecipadamente pela internet para o Coliseu e para o Museu do Vaticano e você
pode economizar um tempo precioso. Troque o ingresso na portaria do monumento.
Conforme o dia, as filas para compra de ingresso lá são enormes.
Roma tem
fontes de água potável espalhadas pelo Centro. Leve sua garrafinha e beba água
da bica.
Dia 1
– No dia da chegada, faça um tour a pé pelo Centro: Fontana di Trevi, Piazza di
Spagna, admire os sobrados renascentistas. Visite o Panteon, a construção da
Roma Antiga mais preservada que existe no mundo (se não der, volte outro dia
para ver, pois é um dos imperdíveis de Roma). Tome um sorvete, os italianos
estão entre os melhores.
Dia 2
– Dia de andar a pé. Coliseu, bem cedinho, depois a pé, na sequência, o Arco de
Constantino do lado do Coliseu, o Palatino onde se encontra o Palácio de
Augusto (tem uma sala com pinturas e afrescos da época da Roma Antiga), as
ruínas do Foro Romano. Depois vá conhecer o Campidoglio, praça e prédio
renascentistas construídos por Michelangelo. De lá passe em frente ao Monumento
a Vitório Emanuele (século XX) e termine na Piazza Navona. É tempo de almoçar
no ótimo Cul de Sac, que fica numa ruazinha próxima. Volte para a Piazza Navona,
admire a fonte de Gianlorenzo Bernini e entre na lindíssima Igreja de Santa
Agnese, de Borromini, concorrente de Bernini. Tome mais um sorvete e, se tiver
disposição, termine o dia batendo perna pelas ruas do Centro.
Dia 3
– Vá de metrô até o Museu do Vaticano, com sua impressionante coleção de arte
antiga e renascentista. O passeio pelas salas e labirintos termina da Capela
Sistina, uma visão que você contará para os netinhos pelo resto da vida. Coma
alguma coisa e vá para a Basílica de São Pedro e, se der sorte, pode ver o Papa
acenando para os fiéis de sua janela. Volte de metrô ou ônibus para o Centro.
Procure um dos restaurantes Carbonara (há mais de um), de ótimas massas.
Dia 4
– Vá de metrô ou ônibus até as ruínas das Termas de Caracala, com fragmentos de
ladrilhos romanos. De lá, se quiser, vá de ônibus até o início da Via Apia, a
estrada que ligava Roma ao Sul do Império. Alugue uma bike e vá visitar as
catacumbas onde os primeiros cristãos se escondiam da perseguição dos
imperadores. De ônibus, vá visitar a Igreja de San Giovani in Laterano, que
fica fora dos muros da antiga Roma, um dos mais belos monumentos de Roma (para
mim, mais bonita que a Basílica da São Pedro). De lá, volte de metrô para o
Centro.
Se não
quiser ir à Via Apia e catacumbas, a alternativa é conhecer o Castelo de
Sant’Angelo, atravessar a ponte e conhecer a Ara Pacis, altar dedicado à deusa
Pax e fica perto do Castelo.
Toscana
Dia 5
– Retire o carro bem cedinho, carregue as malas e pegue o caminho da Toscana,
pela Autoestrada rumo Norte. O primeiro destino pode ser Pienza, uma
cidadezinha que fica no alto do morro, com uma linda vista das vizinhanças. É
fora da autoestrada. Almoce lá e, de lá, vá por uma estradinha ladeada dos
famosos ciprestes até Montalcino, onde se produz (e compra) um dos mais famosos
e melhores vinhos da Itália. Curta um pouco Montalcino e, na saída, vá até a
Abadia de Sant’Antimo, por onde passou Carlos Magno, lindíssima, que fica a
poucos quilômetros da cidade. De lá vá para Siena, no hotel reservado para duas
noites (atenção, os hotéis em Siena são fora da cidade – não entre de carro no
Centro Histórico, pois, além de proibido, é impossível sair sem a ajuda de um
morador).
Dia 6
– Reserva o dia para Siena, talvez a mais bonita cidade da Toscana. Bata muita
perna pelas ruazinhas do centro histórico e não deixe de visitar alguns lugares
essenciais: a lindíssima Catedral de Siena (do lado da catedral tem um lugar em
que você sobe e tem uma vista panorâmica da cidade), a Piazza de Campo onde
fica o Palazzo Comunale, a Basílica de San Domenico. Estes são os pontos
turísticos essenciais.
Dia 7
- Acorde cedo, bote as malas no carro e vá curtir a Toscana, terminando o dia
em Firenze. Passe por uma minúscula vila medieval fortificada, Monteriggione,
de lá vá para San Gemigniani (tão bonita quanto Siena, mas menor) e de lá até
Piza, conhecer a torre inclinada. Não deixe de subir na torre, uma experiência
inigualável. De lá, vá direto para Firenze, com hotel já reservado perto do
Centro Histórico. O melhor é reservar duas noites em Firenze.
Dia 8
– Vá conhecer Firenze a pé. Em um dia dá pra conhecer os pontos essenciais, que
ficam todos perto. O Duomo (Catedral de Santa Maria Del Fiori) é lindo, mas não
deixe de ver também o Batistério, que fica em frente a Catedral e é tão ou mais
bonito que o Duomo. De lá vá para a Piazza Della Signoria, onde há várias
esculturas importantes (inclusive o David de Michelangelo, que é uma réplica e
o original está dentro do Palazzo Vecchio, ali perto). Vale muito a pena
visitar a Galleria Degli Uffizi, ali perto, a maior coleção de arte
renascentista do mundo (Giotto, Fra Angelico, Boticceli, o Nascimento de
Vênus), mas é recomendável comprar ingresso antes, pela internet. De lá, veja a
Ponte Vecchio, sobre o Rio Arno, a famosa ponte que tem as lojinhas em cima. Para
terminar o dia, suba a pé a Piazzale Michelangelo e contemple Firenze do alto,
de preferência vendo o por do sol.
Veneza
Dia 9
– Saia de Firenze de manhãzinha, depois do café da manhã. Dá pra chegar em
Veneza até a hora do almoço. Reserve hotel em Mestre, que fica fora de
Veneza. De lá, é muito fácil ir a Veneza de ônibus urbano. O terminal do ônibus
fica perto do terminal do Vaporetto, o serviço de barco. Tome o barco até a
Piazza de San Marco e vá contemplando os sobrados de Veneza. Na Piazza de San
Marco, é essencial visitar a Catedral de San Marco, o Palazzo Ducale e subir na
torre que fica no meio da praça. Mas não vai dar pra fazer isso num só dia.
Deixe uma parte para o dia seguinte. Dá pra voltar a pé até o terminal de
ônibus. É a melhor maneira, pois assim você vai contemplando as pontes e
construções da cidade.
Dia 10
– Volte a Veneza pelo Vaporetto e continue a andar pela cidade. É
fundamental
também ir até a ponte do Rialto e as mulheres gostam de passar nas
lojinhas de
cristal de Murano. É imperdível visitar o Museu Guggenheim, que fica na
casa da
falecida Peggy Guggenheim, de frente para um dos canais da cidade. A
cidade tem
muitas igrejas e edifícios históricos e você pode achar concertos de
música
renascentista dentro de igrejas. Santa Maria Glorioza é a igreja mais
importante. Não caia no conto da Gondola - normalmente eles põem um
mocinho para vender o passeio e um velho gordo para conduzir a Gondola.
Dia 11
– Se quiser ficar mais um pouco em Veneza, fique e saia depois do almoço para
Milão. Reserve o hotel em Milão, uma noite.
Dia 12
– Em Milão, a visita essencial é no Duomo, a catedral da cidade, gótica. Não
deixe de subir no telhado – de lá tem uma bela visão 360º da cidade e se pode
apreciar melhor a arquitetura gótica da igreja. Atenção mulheres: não se
pode entrar na igreja com os ombros à mostra nem decote. Vá de carro até o Aeroporto
de Malpenza (a cidade tem dois), que fica a mais de uma hora do Centro, e de
onde saem os voos para o Brasil. Normalmente, os voos saem à noite.